terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Morte

   E mais uma vez estou aqui pensando se é a coisa correta a se fazer, estou com um estilete e meu corpo esta implorando para que eu não faça isso, então pego meu pulso e faço um corte, e isso dói, e então eu me sinto um pouco mais vivo.

   Saio de casa novamente como se nada tivesse acontecido, penso se alguém da minha casa irá reparar em um estilete cheio de sangue jogado no fundo do lixo, talvez minha mãe note alguns pingos de sangue no tapete, talvez assim eu chame a atenção de alguém, talvez alguém me olhe.

   Apenas vejo como morrer, traço milhares de planos de como acabar de vez com a minha vida, mas nenhum parece correto, os cortes no pulso só me fazem sentir vivo por alguns instantes, talvez o que eu realmente deva fazer é esperar pela morte, ensanguentado dentro da banheira com um estilete ao lado.

   Realmente não me preocupo mais se alguém irá ver meu corpo largado na banheira, talvez meu pai não irá perceber que seus remédios controlados sumiram da gavetinha com chave, talvez eles nem percebam que tem um filho, talvez eu só devesse nunca ter existido.

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