terça-feira, 30 de setembro de 2014

Fantoches

  Ora, na velha casa esta lá novamente, aquela velha senhora a brincar com seus fantoches, ela tanto fala com eles que as vezes parecem que tais bonecos respondem, mas claro, isto é apenas brincadeira.
  Dias passam e a mesma coisa, aquela velha continua conversando e brincando com aqueles dois fantoches, um com rosto de garoto, o outro com um rosto de garota, ambos brancos com seus olhos azuis. Apesar de que estes bonecos parecem muito reais, quem sabe a velha não acredita que realmente são de verdade?
  Um dia vejo uma cena chocante, a velha pega uma corda, coloca em volta de seus bonecos e os amarra em seus bonecos, eu achei que finalmente ela tinha visto que eram de brincadeira, mas a velha apenas amarra seus bonecos e joga no quintal, então ela pega a corda e fecha sua janela, ninguém nunca mais ouviu suas loucuras na vizinhança. Muitas manchetes depois foram publicadas com a seguinte mensagem "Uma velha senhora foi encontrada morta em sua casa, apenas dois bonecos jogados no quintal foram encontrados, os bonecos estavam ensaguentados e segurando uma corda, com pedaços humanos que parecem ser da velha senhora".

domingo, 28 de setembro de 2014

O povoado. Parte 2

   "Majestade, majestade!
A rainha olhando para seu servo a chamando pede para que ele fale rapidamente
   "Majestade, sinto lhe informar mas foram encontrados, pelo reino leste, os motivos das terras centrais terem se tornado inférteis. Como devemos seguir?
A rainha olhando seu servo ajoelhado em sua frente exclama em alta voz - Matem este meu servo, pois ele traz péssimas noticias!
Então chegam seus soldados, e para o deleite da rainha o matam em sua frente. Após esta cena ela chama seu mais belo cavaleiro e diz - Nobre cavaleiro, ou devo chama-lo de Conde da lua vermelha, eis que lhe dou todo o direito, faça aquilo que teu coração desejar com o reino leste. E que seja feita a tua vontade.
Então o Conde da lua vermelha apenas parte em direção ao reino, a rainha se mantem esperançosa com seu enviado, esperando pela manhã seguinte com as noticias.

domingo, 21 de setembro de 2014

O povoado, Parte 1

   Num povoado antigo havia uma garota muito triste chamada Helena, sempre que ela passeava pela floresta as plantas murchavam e morriam, muitos achavam que ela tinha um tipo de maldição, outros achavam que ela transmitia o azar, mas o motivo certo ninguém jamais descobriu. Existia ali também uma mulher, cujo nome era Laís, uma linda mulher com cabelos tão loiros, cujo a beleza despertava o que mais é detestável dos homens. Em um belo dia, ambas as garotas se encontraram na floresta próximo ao povoado, então o grande segredo fora revelado, a pequena Laís tanto era triste por sua beleza ser eternamente roubada pela Laís, enquanto para a pequena e triste Helena, apenas restava-lhe o destino cruel de quem não tem mais alma...

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O crime

"Não quero me me vejam, não quero que me sintam, não quero que me notem, apenas quero ser invisível aqui. Isto é algo péssimo, isto é algo péssimo, eu...eu não queria ter feito isso. Quem vai acreditar que foi um acidente, quem vai acreditar. Oh não, isto é péssimo, isto é péssimo, todos vão me julgar, o que me restou é me jogar, isso, vou me jogar e ninguém irá se lembrar de mim. Não consigo, tenho medo. Oh não, sirenes, gritos, tiros, não posso acreditar, isto é péssimo, isto é péssimo, só há um jeito mesmo"

sábado, 13 de setembro de 2014

A felicidade

   Num parque bem perto dali, havia um homem que sempre se sentava para comer, sempre a mesma refeição, sempre com seu terno branco. Todos pensavam se ele era um louco, falava sozinho a respeito do que acontecia, apenas deixava sua imaginação o guiar, todo dia, na mesma euforia.
   Houve um único dia, um dia em que tudo mudou, ao menos um dia ele se calou, apenas apareceu no parque, não com seu terno branco mas sim com roupas suaves, cores vivas e frondosas, as pessoas ficaram esperançosas e preocupadas com o homem, e então ele pôs - se a deitar no banco, esse foi o dia em que todos souberam, aquele homem era quem eles tanto amavam mas ninguém se da conta disto, este homem então se levantou, foi embora e nunca mais voltou, então todos ficaram confusos, procuraram no banco e então encontraram um bilhete "Se a imaginação é algo doente, sejamos enfermos em nossas próprias mentes, não louco, tampouco culpado, apenas sinto vontade de brincar, mesmo sozinho, mesmo jogado neste banco empoeirado, estou mais feliz do que aqueles que acham que estou quebrado".

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Esteja bem

   As vezes me vejo olhando para o brilho das estrelas, quem sabe eu possa te encontrar, nesses meus pequenos momentos de divagações banais eu começo a me lembrar de você. A gente brincava, você me ensinou a pular corda e a jogar bola, sinceramente, não sei como ainda não chorei, sua perda vai fazer falta, na verdade já faz falta, pena que jamais voltarei a te ver, meu querido primo que já foste tão jovem a sofrer, espero que esteja num lugar melhor, espero que esteja bem, onde quer que esteja estarei aqui, esperando que esteja contente com o que escolheu, sinceramente seu primo...

Repousei naquele lugar

    Existia um homem, divagando sobre pedras ele pois-se a deitar, um tanto quanto desconfortável é o que se pode pensar, mas para ele estava tudo bem, ele começa a sonhar, sonhos fantasiosos, sonhos estranhos, sonhos fora do contexto da realidade ou seja, apenas sonhos. Então um jovem resolve o acordar perguntando se este homem estava bem, este que foi acordado logo se levantou enfurecido, pois estava a sonhar com a amada que tanto queria, mas não podia por repousar sobre aquelas pedras, e também sob aquelas pedras está o motivo dele tanto amar aquele lugar.